Hellboy II - The Golden Army

Pode um blockbuster, destinado às massas, ser também um filme repleto de sensibilidade autoral? Pode. Desde que aos comandos esteja Guillermo Del Toro e todo o seu universo onírico. Deslumbrante visualmente, com um Ron Pearlman perfeito na adopção do papel do demónio "bonzinho" criado por Mike Mignola para a BD com o mesmo nome.

Se o primeiro Hellboy foi bem recebido, pelo cartel de competência que o realizador tinha angariado nos anteriores "Blade II" e "O Espinhaço do Diabo", mas de forma ainda algo insípida, não logrando ultrapassar a barreira psicológica dos 100 milhões facturados, esta sequela arrebata o título de vencedora contra a sua primogénita.

O sucesso logrado com "O Labirinto do Fauno" praticamente deu carta branca a Del Toro para a sua mente fantasiosa criar universos peculiares, repletos de seres estranhos, num filme arrebatador.

Depois do "Labirinto do Fauno", Del Toro regressa a este universo particular, numa fantasia de acção soberba, com criaturas fabulosas, piadas mordazes e um dos [anti] heróis mais sarcásticos e terrivelmente cool que o mundo do cinema já viu.

Sinopse: Após a quebra de uma antiga trégua mantida há anos entre a humanidade e o reino da fantasia, o inferno na Terra está prestes a deflagrar. Um príncipe cruel procura despertar um avassalador e impedioso exército, formado por guerreiros mecânicos imortais, para acabar com a raça humana. Hellboy terá a difícil tarefa de impedir os planos do malévolo príncipe e do seu exército.