É uma imagem poderosa, esta a de Jim Young para a Reuters. A imagem de um homem, outrora poderoso, ombros caídos, personificação da derrota, afastando-se em direcção à Casa Branca, seu poiso durante 8 [longos] anos. Alguns, sobretudo os ideologicamente empáticos com esquerda, vêem nele o estereotipo do Mal. Eu, habituado a ver os EUA como uma Nação amiga, qualifico-o apenas como alguém com poucas qualidades para o cargo que exerceu, tão subtil como um elefante numa loja de porcelanas. Não deixará saudades.
Se Bush é a imagem da derrota, esta fotografia tirada em Fredericksburg, por Alex Brandon, fica na memória de quem a vê. De pé, arrostando com a chuva, a imagem da Esperança. Poderosa, criando uma aura mítica, estabelece desde logo um certo paralelismo com o que o futuro reservará a Obama. Um peso extra nos ombros, uma herança política com pouca margem de manobra, mas encarada frontalmente, sem qualquer hesitação titubeante. O "Yes, We Can", slogan demagógico, ingénuo, mas que poderá mudar o Mundo. Será este o novo Messias Mundial?
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